Quando pensamos em florestas plantadas logo nos vem à mente a produção de papel e celulose, mas você sabe com o que mais essas florestas podem contribuir? De acordo com o IBGE, o Brasil tem 9,85 milhões de hectares de florestas plantadas, sendo 75,2% de eucalipto, 20,6% de pinus e o restante representa outras espécies. Com toda essa área, a produção florestal brasileira fica atrás apenas da soja.
O setor de árvores plantadas têm impacto relevante na economia com representatividade de 6,9% no PIB Industrial. E de todo esse território que elas ocupam é possível extrair dois produtos: madeira em tora e resíduos e produtos não-madeireiros.
A madeira plantada e colhida destas florestas pode fornecer diversos usos:
- A partir da pirólise (fenômeno de decomposição térmica) ela é transformada em carvão vegetal que após passar por mais processamentos é utilizado na siderurgia
- A partir da picagem, é transformada em cavaco e este tem diversos fins, como a extração de celulose para gerar o papel e embalagens, o processamento em briquetes que é utilizado na geração de energia em forma de calor, pode ser processado também em painéis reconstituídos, formando móveis e equipamentos de casa e escritório, e muitos outros destinos.
- A partir do processo de laminação forma o laminado, que após a prensagem é utilizado na fabricação de móveis, e na construção civil.
- A partir do desdobramento forma a madeira serrada, que é utilizada na construção civil na forma de vigas, molduras, pisos, portas e janelas.
E quais produtos não-madeireiros podem ser extraídos?
Óleos essenciais, corantes naturais, mel, sementes, tanino, medicamentos, etc. dependendo da espécie plantada.
Com tantos produtos e finalidades, há uma forma de saber com precisão o potencial de produção e a estrutura dessas florestas e até de florestas nativas para selecionar critérios que melhor definem quais espécies podem ser manejadas ou quais florestas têm potencial para produção ou conservação. A principal ferramenta utilizada para isso é o inventário florestal, que utiliza conceitos de amostragem para estimar os parâmetros quantitativos, como volume e área basal, assim como os qualitativos, como qualidade de fustes e valoração de espécies.
Hush et al. (1993) define inventário florestal como um procedimento para obter informações sobre quantidade e qualidade dos recursos florestais e de muitas características sobre as quais as árvores estão crescendo. Saiba mais sobre inventário florestal e como realizá-lo no nosso próximo post.